Nossa vida é formada por ciclos e quando cada um destes ciclos se finda fica uma sensação de que falta alguma coisa. Mas isso passa… isso pode se tornar uma grande reviravolta na nossa caminhada.
Quando se fala em separação, a primeira coisa que vem à mente é a separação de um casal. Quando se opta pelo casamento é para que seja uma relação ‘até que a morte nos separe’, mas sabemos que não é bem assim…. e nas últimas décadas, a opção pela ruptura do casamento entra na lista de alternativas para melhorar a vida que já não dá mais alegrias.
Às vezes, há uma relação que sempre foi muito boa entre o cônjuge, mas é chegado um momento em há uma finalização natural da união. Os sinais estão evidentes de que o casamento chegou ao fim, mas não há nada de errado nesta finalização, mas há um medo da separação. Esse medo em se separar tem razão de ser: temos a crença de que o que se está vivendo hoje é para sempre. Este termo ‘para sempre’ mata todas as nossas possibilidades de irmos além e desfrutarmos da vida na sua totalidade. Esta é a razão de que quando se está com alguém, sempre achamos que o relacionamento atual é para sempre, que vamos viver ao lado dessa pessoa até envelhecer, até morrer. E realmente é assim… mas, é até envelhecer e morrer a relação e não nós.
Esse findar da relação entre o casal não precisaria vir com dor. Mas por que dói? Porque a dor vem justamente porque há a insegurança de que teremos dias bons em outras situações e com outras pessoas, e de que podemos nos desapegar e nos separar do cônjuge porque é o nosso compromisso já foi realizado.
A separação de um casal não é o fim da nossa vida, mas o fim de um projeto. Se analisarmos bem, há muitos casais que já completaram a sua missão enquanto casal – já criaram os seus filhos, já construíram um monte de coisas juntos, mas chega um determinado momento que parece que cada uma dessas individualidades está querendo ir para um outro lugar, está querendo vislumbrar outros espaços, outros territórios que ainda não foram vividos, mas esses territórios não são mais compatíveis com a busca dos dois. Antes, haviam coisas em comum, mas foi até aquele momento e agora cada um vai para um lado.
Pode parecer utopia pensar que a separação não precisaria ser vista com dor, mas o autoconhecimento e amadurecimento individual permitiria que isto fosse feito sem dores.
Veja como seria bom se ao decidir se separar, o casal fizesse uma avaliação deste tipo…