Depressão x Transtorno Bipolar
Há diferenças entre pessoas que sofrem de depressão e as que sofrem de bipolaridade. Para compreender as distinções destes dois estados emocionais, vamos fazer uma alusão entre nós e nossos mundos, das emoções, dos pensamentos e dos instintos.

Imagine que temos três cavalos – um cavalo do instinto, um cavalo das emoções e um cavalo dos pensamentos. No caso, este último seria o mental e o cavaleiro, o Eu da pessoa.

Normalmente, o bipolar age como se o cavaleiro não estivesse na função e, então, cada um desses cavalos saem correndo alopradamente, indo cada um para um lado. Ao invés de estarem os três cavalos sendo guiados por um cavaleiro, não há um Eu presente e sim uma alternância entre os instintos, o emocional e o racional.

Isso explica porque o bipolar fica pendendo de um estado emocional para outro estado bem diferente – ele passa da euforia (o cavalo das emoções), em que ele está a todo o vapor e até puxa os outros em um comando totalmente desgovernado, para a racionalidade, onde ele chega até a encantar as pessoas, que se veem totalmente envolvidas com o bipolar, acreditam neles, entram em negociações e depois veem que a coisa deslancha de uma forma muito prejudicial. Isso acontece por causa do cavalo do racional, que está em ação e convencem qualquer pessoa sobre o que está lhes passando. Mas, eles podem também tender ao lado instintivo, onde há duas questões: uma preocupação com as necessidades básicas, com cuidados exagerados e preocupação excessiva com saúde, e uma ira exacerbada, com agressividade e brigas por qualquer motivo.

Quando o cavaleiro não consegue tomar as rédeas, está faltando a presença do Eu. É bom ressaltar que é o nosso Eu que comanda nosso instinto, nosso emocional e nosso mental. Então ele é guiado por esse nosso espírito, por essa nossa presença, pelo nosso discernimento, que juntos nos traz o equilíbrio.

O cavaleiro tem uma carruagem com três cavalos e ele sabe domá-los e conduzi-los para onde quer. Quando ocorre o contrário, esse cavaleiro abre mão de todo controle e se deixa ser controlado por um dos cavalos e, assim, não vai a lugar nenhum, dá algumas cabeçadas e quando de repente o cavalo está a todo o vapor e parece que está indo para algum lugar, há uma euforia, porém que de repente dá lugar a uma tristeza profunda. Fazendo uma alusão ao bipolar, ele fica muito feliz, em uma euforia fora do normal, mas que de uma hora para outra, passa a ter a percepção de que isso não vai levar a lugar algum ou já o levou a um lugar desagradável. Este é ponto do perigo! Este é o momento em que o bipolar entra em depressão. Este é o momento em que o cavalo das emoções se vê totalmente deprimido porque não conseguiu o que queria, mas também nem sabe ao certo o que queria.

Quando entra em euforia, o bipolar tem a sensação de que pode tudo, se vê diante de todas as possibilidades da vida e se encanta. Porém, enquanto eufórico, ele não respeita os limites nem as escolhas, não se questiona sobre o que quer e o que é bom. Ele é um cavalo selvagem que ninguém segura e que quer desbravar tudo, por isso há força e encantamento. O equilíbrio ocorre quando ele aceita o desafio e questiona a si mesmo “O que é que você quer?”. Com esta resposta bem formulada a potência natural do ser humano ganha em espaço e tempo, há um respeito à sua potência natural. Porém, quando está na emoção da euforia, a limitação é uma agonia, essa pessoa se sente menos e quando percebe que não conseguiu laçar tudo o que queria, entram em depressão. Neste caso, a depressão é um limiar que diz ao bipolar “Você pode tudo isso!”. Curiosamente, esse é o lado saudável da bipolaridade porque depois eles se cansam de ficar ali, olham para a depressão e de repente diz “Eu posso” e vai com toda a força para o auge das emoções novamente.

O bipolar reflete bem a situação do nosso mundo, nós vivemos em um mundo de polaridade – branco e preto, noite e dia, um dia alegre e outro mais triste… essa oscilação é normal e natural, mas quando essa oscilação está muito acentuada é sinal de que existe um quadro de bipolaridade.

Mas, e o que falta ao bipolar?

Falta limites, pois ele não consegue um direcionamento, devido à falta da presença do Eu. Sendo assim, falta consciência do que se quer, falta determinação dentro de um foco na vida, e consequentemente ele não é o condutor da sua própria vida, por isso ele se debate, ora em uma euforia se achando o todo poderoso e ora em depressão onde ele se depara em uma incapacidade de domar a si mesmo.

O que difere o transtorno bipolar da depressão?

Enquanto o bipolar está sendo conduzido por três cavalos, na questão da depressão é como se a pessoa só estivesse com um cavalo e os outros dois estão mais parados. Neste caso, o depressivo fica sendo comandado apenas pelas emoções, e no caso por emoções extremamente negativas. Mesmo que ele tente atuar com o racional e consiga compreender uma situação, não há forças para usar a mente, pois falta disposição, energia, vitalidade.

O que é importante dizer é que a depressão não se direciona para uma bipolaridade. Quando depressivo, há uma oscilação entre estar muito deprimido, quase debilitado, e entre estar um pouquinho mais ativo, mas sem sair da tristeza. Não entusiasmo, há sim um estado mórbido mais constante.

Já o bipolar sai da tristeza de um dia para outro. Mas quando ele ganha picos de entusiasmo, a euforia está de volta e quanto maior a euforia maior é a queda. Por isso, o bipolar cai rapidamente em uma depressão.

Para entender o bipolar…

– Três cavalos

– Cavalo dos Instintos = Agressividade e preocupação excessiva com saúde

– Cavalo das Emoções = Euforia exacerbada

– Cavalo dos Pensamentos = Racionalidade com alta capacidade de encantamento

O bipolar não sabe domar esses três cavalos que oscilam entre si e, como cavaleiro, perde as rédeas, ora dominado pelos instintos, ora pelas emoções e ora pelos pensamentos.

O depressivo só monta em um único cavalo e os outros dois ficam quietos.

Estado emocional

O depressivo, mesmo quando está melhor e mais animado, tem lá no fundo uma pitada de tristeza. Há sempre a lembrança e uma dorzinha lá no fundo e que ele está superando tentando levar uma vida normal.

O bipolar, quando está eufórico, nem lembra que um dia teve tristeza, é como se ele negasse totalmente um dia ter estado triste, ele não vê nada que tenha deixa esta emoção, ele simplesmente nega e vai para outro lado.

Tratamento com medicamentos

Para tratar o transtorno bipolar com medicação, a substância que prevalece é o lítio, que está muito em falta no organismo deste paciente e que traz a presença do Eu. Com a dosagem equilibrada desta substância, o bipolar começa a ter sua força de volta, com equilíbrio desses estados emocionais.

Para o tratamento da depressão, dificilmente o paciente vai precisar do lítio em grande quantidade. O equilíbrio é feito pelos neurotransmissores, que fornecem ao ser humano outro tipo de estímulo. (leia Depressão, como funciona o tratamento com medicamentos)

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