Com a autoestima em equilíbrio, as críticas e os elogios têm o mesmo peso. É através de uma lente da realidade que podemos ver nossas qualidades e nossas ações com um olhar do que pode e não pode e sabendo exatamente o que faz, como faz e o resultado disso. Há uma credibilidade em nós mesmos, independente do resultado do nosso dia.
Diante a isso, a pessoa que tem uma autoestima é uma pessoa que também tem humildade no sentido mais amplo da palavra, com um reconhecimento de seus limites e conhecimento exato do que é, nem mais nem menos. (Essa humildade a que me refiro nada tem a ver com o “ser humilde” a que a sociedade ressalta hoje, que na realidade é ligado à fraternidade).
Cada um de nós, é o que é… Você é o que é!
A humildade faz com que você perceba que não é mais do que ninguém e nem mais do que aquilo que você realmente é. A pessoa humilde jamais se humilha nem se exacerba. Por isso, faço o paralelo entre humildade e estima. A pessoa que tem uma boa estima é também uma pessoa humildade porque ela se reconhece; já uma pessoa que tem uma baixa autoestima, não é uma pessoa humilde, ela se mostra altamente vaidosa e com certa pitada de arrogância, com frases do tipo “como as pessoas não me veem como eu sou?” ou “como elas não me enxergam o meu melhor?”. Essas questões fazem com que essa pessoa se infrinja nesta não qualidade.
Mas, você não tem baixa autoestima!
Mesmo que você esteja se sentindo mal, que tenha a percepção de que tudo o que fez até agora deu errado, mesmo que insista em se autoderrotar negando elogios e afirmando as críticas alheias e de si mesmo, se dê um minuto. Olhe para si e veja exatamente o que você sente si mesmo e o que pensa a seu respeito, vasculhe dentro de você e vai perceber que a única forma que te faz sentir desta maneira é porque você não recebeu os aplausos que você achava que tinha que ter, não obteve reconhecimento. Esta é uma fase ainda de imaturidade, onde coloca-se o poder ainda no outro e como não há resposta vem a frustração.
Para expandir essa autoestima, um dos passos é deixar de depositar expectativas no que o outro acha de você.
Diga a si mesmo: “Nisso eu sou bom”, “Isso eu faço bem” ou “Isso eu não faço bem”.
Conseguir olhar as suas ações e verificar o que realmente você está colocando no mundo e de que maneira está realizando suas tarefas, tem início um novo olhar. Assim, você sabe exatamente o que você está colocando no mundo e de que maneira está realizando suas tarefas. Ao começar a se olhar de forma mais consistente, aciona-se também toda a humildade.
Nem sempre o que fazemos sai como desejamos. Ao praticar qualquer ação, há uma tentativa de fazer o melhor, mas nem sempre sai a contento… isso não quer dizer que houve fracasso, mas que com esforço é possível melhorar. Mas é preciso ter a convicção de que sempre estamos realizando nosso melhor naquele momento e reconhecer se foi bom ou não tão bom como gostaríamos. Se afirmar isso te faz mal é porque há uma vaidade exacerbada, mas se garantir com toda a humildade que foi feito o melhor – não foi o máximo, mas foi tudo o que podia ter oferecido no momento – sempre pode melhorar, mas há uma aceitação do que foi realizado.
Com a autoestima, há alguns pontos que se destacam, como o reconhecimento de que foi feito o melhor, com respeito por si mesmo e por suas ações e atitudes.
Pronto! Aceite-se como você é! Olhe-se com humildade e garanta sua autoestima satisfatória e a cada dia haverá um bom motivo para olhar para seu interior, o valor que você merece.